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terça-feira, 27 de setembro de 2011

O Construtor de pontes

O Construtor de Pontes
Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida de trabalho lado a lado. Mas agora tudo havia mudado... O que começou com um pequeno mal entendido, finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.
Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta.

- Estou procurando trabalho, disse ele. Talvez você tenha algum serviço para mim.

- Sim, disse o fazendeiro. Claro! Vê aquela fazenda ali, além do riacho? É do meu vizinho. Na realidade, é do meu irmão mais novo, nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira ali no celeiro? Pois use para construir uma cerca bem alta.
- Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos.

O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade. O homem ficou ali cortando, medindo, trabalhando o dia inteiro. Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em vez de cerca, uma ponte foi construída ali, ligando as duas margens do riacho. Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou:

- Você foi atrevido construindo essa ponte depois de tudo que lhe contei.

Mas as surpresas não pararam ai. Ao olhar novamente para a ponte viu o seu irmão se aproximando de braços abertos. Por um instante permaneceu imóvel do seu lado do rio. O irmão mais novo então falou:

- Você realmente foi muito amigo construindo esta ponte mesmo depois do que eu lhe disse.

De repente, num só impulso, o irmão mais velho correu na direção do outro e abraçaram-se, chorando no meio da ponte. O carpinteiro que fez o trabalho partiu com sua caixa de ferramentas.

- Espere, fique conosco! Tenho outros trabalhos para você.

E o carpinteiro respondeu:

- Eu adoraria, mas tenho outras pontes a construir...
(autor desconhecido)
***

Deixe a raiva secar...

Deixe a raiva secar

Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá,
todo cor-de-rosa, com coraçõezinhos nas bordas. No dia seguinte, Júlia sua amiguinha, veio bem cedo convidá-la para brincar.
Mariana não podia, pois iria sair com sua mãe naquela manhã.
Júlia então, pediu a coleguinha que lhe emprestasse o seu joguinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio.

Mariana não queria emprestar, mas com a insistência da amiga, resolveu
ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme por aquele
brinquedo tão especial.
Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu joguinho
de chá jogado no chão. Faltavam algumas xícaras e a bandejinha
estava toda quebrada.

Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou:
“Está vendo, mamãe, o que a Júlia fez comigo? Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão.”
Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Júlia pedir explicações.

Mas a mãe, com muito carinho ponderou:
“Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa? Ao chegar em casa você queria lavar
imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou.
Você lembra o que a vovó falou? Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro.
Depois ficava mais fácil limpar. Pois é, minha filha, com a raiva
é a mesma coisa. Deixa a raiva secar primeiro.
Depois fica bem mais fácil resolver tudo.”

Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu seguir o conselho da mãe e foi para a sala ver televisão. Logo depois alguém tocou a campainha.
Era Júlia, toda sem graça, com um embrulho na mão. Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando:

"Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente? Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei. Aí ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado.
Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você. Espero que você não fique com raiva de mim. Não foi minha culpa."

"Não tem problema, disse Mariana,
minha raiva já secou."
E dando um forte abraço em sua amiga, tomou-a pela mão e levou-a para o quarto para contar a história do vestido novo que havia sujado de barro.

(autor desconhecido)
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Nunca tome qualquer atitude com raiva.
A raiva nos cega e impede que vejamos as coisas como elas realmente são. Assim você evitará cometer injustiças e ganhará o respeito dos demais pela sua posição ponderada e correta diante de uma situação difícil.
Lembre-se sempre... Deixe a raiva secar!